domingo, 26 de fevereiro de 2017

Destaques do título do turno

Não é exagero dizer que o Avaí nadou de braçada no primeiro turno do estadual. Numa competição de tiro curto (nove jogos), o Leão conseguiu ser campeão com uma rodada de antecedência, o que é bem difícil. Veja abaixo alguns números e informaçõx que gostaríamos de destacar nessa campanha.

Defesa sensacional
Ofensivamente, o Avaí não vai mal no estadual. São 13 gols marcados, o segundo melhor ataque da competição (Criciúma tem 15). No entanto, é na retaguarda que o Leão se destaca.

O Avaí sofreu apenas dois gols em oito rodadas, uma incrível média de 0,25 por jogo. Pra se ter uma ideia, a segunda melhor defesa, a do Atlético Tubarão (sim, a do lanterna, vejam só...), sofreu mais que o triplo: sete. Destaque para Alemão, Betão e Kozlinski, que disputaram todas as partidas do início ao fim, sem serem substituídos, e contribuíram muito para a muralha azurra.

Artilheiros e garçons
Não é só a turma de lá de trás que merece aplausos. Na frente, tem gente que fez bonito também. São os casos principalmente de Denílson, artilheiro do estadual com cinco gols, e Rômulo, que fez três gols e deu duas assistências (ambas para Denílson).

Mas não só eles. Quase todos os gols do Avaí saem em jogadas construídas coletivamente. Basta ver que não houve nenhum gol de bola parada direta (falta/pênalti), nem em chutes de fora da área. Quase sempre jogadas trabalhadas que resultam em finalizações dentro da área. Destaque no quesito "garçons" para Diego Jardel e Leandro Silva, autores de três assistências cada.

Paredão em clássicos e "jogos grandes"
O Avaí não sofreu gols contra os quatro maiores adversários. Venceu o Criciúma por 1 a 0, a Chapecoense por 3 a 0 e empatou por 0 a 0 contra Joinville e Figueirense, somando oito pontos nessas brigas de cachorro grande.

Mortal fora de casa
O Avaí não sofreu gols também em nenhum jogo fora de casa e teve longe da Ressacada a mesma campanha que no nosso estádio: três vitórias e um empate. Não tem aquela história de que "passou da ponte, o Avaí não ganha"? Já era.

Sobrando na segunda etapa
Dos 13 gols do Avaí, nove foram marcados no segundo tempo. Parece que a preparação física tá boa, né?

Pouca Marquinhosdependência
Marquinhos é um ícone do clube, líder dentro e fora de campo, sem dúvidas o jogador com maior qualidade técnica no elenco, mas o time deu sinais de que pode sobreviver sem ele. Lembram do segundo melhor ataque, com 13 gols? Pois então: Marquinhos não marcou nem deu passe para nenhum deles.

O Galego foi poupado em dois jogos fora de casa, e o Avaí passou bem por eles. OK, foram partidas contra Almirante Barroso e Atlético Tubarão, que estão nas últimas posições, mas o Leão ganhou bem e produziu bem no ataque, vencendo por 3 a 0 e 2 a 0, respectivamente. Em outro jogo no qual Marquinhos foi poupado, o Avaí fez 2 a 1 na Desportiva pela Copa do Brasil. Derrotas só na Copa da Primeira Liga, competição para a qual, parece, ninguém na Ressacada deu muita bola neste ano.

  

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Resumo do ano avaiano (10 jogos)

O Avaí chegou a 10 partidas disputadas na temporada (em menos de um mês... Baita calendário). Vamos a alguns números desses 10 jogos.

TOTAIS

O Avaí não perde há sete jogos. As duas únicas derrotas ocorreram na três primeiras partidas do ano, ambas pela Copa da Primeira Liga.

Jogos: 10
Vitórias: 6
Empates: 2
Derrotas: 2
Aproveitamento de pontos: 66,7%
Gols marcados: 12
Gols sofridos: 6
Saldo de gols: +6
Cartões amarelos: 24
Cartões vermelhos: 0

MÉDIAS

O Avaí melhorou suas médias de gols marcados, gols sofridos, público pagante por jogo, renda bruta por jogo e renda líquida por jogo nas últimas cinco partidas.


Gols marcados por jogo: 1,2
Gols sofridos por jogo: 0,6
Cartões amarelos por jogo: 2,4
Público pagante por jogo (em casa): 5.871
Renda bruta por jogo (em casa): R$ 104.218,80
Renda líquida por jogo (em casa): R$ 58.315,97

MAIORES

A maior vitória do ano, o maior público e as maiores rendas ocorreram nos últimos cinco jogos.

Vitória: Avaí 3x0 Chapecoense (08.02, Campeonato Catarinense)
Derrota: Paraná 2x0 Avaí (25.01.2017, Copa da Primeira Liga)
Público pagante (em casa): 10.797, em Avaí 0x0 Figueirense (22.02, Campeonato Catarinense)
Renda bruta (em casa): R$ 235.096,00, em Avaí 0x0 Figueirense (22.02)
Renda líquida (em casa): R$ 152.665,26, em Avaí 0x0 Figueirense (22.02)

MENORES

Público pagante (em casa): 1.637, em Avaí 0x1 Londrina (31.01, Copa da Primeira Liga)
Renda bruta (em casa): R$ 19.182,00, em Avaí 0x1 Londrina (31.01)
Renda líquida (em casa): R$ -10.156,39, em Avaí 0x1 Londrina (31.01)

LÍDERES (TOTAL)

Jogos disputados:Alemão, Betão, Kozlinski e Rômulo (9)
Minutos em campo: Alemão, Betão e Kozlinski (863)
Média de minutos em campo por jogo*: Judson (96min08s)
Gols marcados: Denílson (5)
Gols marcados por minutos em campo: Denílson (um gol a cada 121min12s)
Passes para gol: Leandro Silva (3)
Passes para gol por minutos em campo: Leandro Silva (um passe a cada 198min20s)
Participação em gols (gols + assistências): Denílson e Rômulo (5)
Participação em gols (gols + assistências) por minuto em campo: Denílson (um gol a cada 121min12s)
Menor média de gols sofridos por jogo: Kozlinski (0,55)
Menos gols sofridos por minutos em campo: Kozlinski (um gol a cada 172min36s)
Cartões amarelos: Alemão e Capa (3)
Cartões amarelos por minutos em campo: Gustavo Schiavolin (um cartão a cada 95min)
Jogos como capitão: Marquinhos (6)
*mínimo de três jogos disputados

MAIS EM UM JOGO

Gols marcados: Denílson (2), em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02, Campeonato Catarinense); Rômulo (2), em Avaí 3x0 Chapecoense (08.02)
Gols marcados (time): 3, em Avaí 3x0 Chapecoense (08.02)
Gols sofridos (time): 2, em Paraná 2x0 Avaí (25.01)
Passes para gol: Leandro Silva (2), em Avaí 3x0 Chapecoense (08.02)
Cartões amarelos (time): 4, em Avaí 3x0 Chapecoense (08.02)
Velho em campo: Ferdinando (36 anos e 10 meses), em Avaí 0x0 Figueirense (22.02)
Jovem em campo: Santarém (18 anos e 6 meses), em Paraná 2x0 Avaí (25.01)


MAIORES SEQUÊNCIAS


Vitórias: 3
Derrotas: 1
Sem perder: 7 jogos
Sem ganhar: 1 jogo
Jogos sem fazer gol: 1
Jogos marcando gol: 3
Jogos sem sofrer gol: 3
Jogos sofrendo gol: 2

MINUTOS DOS GOLS MARCADOS

O Avaí marcou metade de seus gols entre o início e os 30 minutos do segundo tempo.

0min a 15min do primeiro tempo: 2
16min a 30min do primeiro tempo: 1
31min até fim do primeiro tempo: 2
0min a 15min do segundo tempo: 3
16min a 30min do segundo tempo: 3
31min até fim do segundo tempo: 1
Gol mais rápido: Denílson (9min do primeiro tempo), em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02)
Gol mais tardio: Júnior Dutra (35min do segundo tempo), em Atlético Tubarão 0x2 Avaí (05.02)

MINUTOS DOS GOLS SOFRIDOS

O Avaí sofreu mais gols no segundo que no primeiro tempo.

0min a 15min do primeiro tempo: 0
16min a 30min do primeiro tempo:1
31min até fim do primeiro tempo: 1
0min a 15min do segundo tempo: 1
16min a 30min do segundo tempo: 1
31min até fim do segundo tempo: 2
Gol mais rápido: 21min do primeiro tempo (Paraná 2x0 Avaí, 25.01)
Gol mais tardio: 44min do segundo tempo (Avaí 0x1 Londrina, 31.01)

COMO MARCA OS GOLS

O Avaí ainda não fez gol de fora da área no ano.

Cabeça: 4
Pé direito: 5
Pé esquerdo: 3
Dentro da pequena área:4
Dentro da área: 8

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Os mais experientes em clássicos no elenco do Avaí

Tem clássico nesta quarta, e o assunto do post de hoje não poderia ser outro. Para aquecer as turbinas, vamos falar um pouco sobre quais jogadores que estão no atual elenco do Avaí têm mais experiência em clássicos. Marquinhos é meio óbvio, mas tem gente na lista dos que mais enfrentaram o Figueirense que surpreende.

A verdade é que o elenco do Avaí ainda é meio verde no clássico. De 35 jogadores que constam como inscritos no estadual no site da FCF (na verdade, são listados 37 inscritos, mas Gabriel já foi vendido e o goleiro Vítor Prada, emprestado), 26 jamais disputaram o clássico (dentre os nove que já disputaram, estão dois que o fizeram apenas pelo Figueirense).

A soma total de clássicos disputados pelos nove já "experientes" nesse confrontos é de 43, mas Marquinhos sozinho contribui com mais de 40% desse valor (18 jogos). Atletas importantes, como Betão, Alemão, Capa e Denílson, farão sua estreia em clássicos na noite desta quarta. Que seja o primeiro de muitos - e com vitória, claro.

MARQUINHOS (18 clássicos)

O Galego é, de longe, o jogador do elenco avaiano mais experiente em clássicos. Disputou 18 deles, dos quais 16 como titular e dois vindo do banco de reservas. Aliás, faz 18 anos que ele disputou seu primeiro clássico, entrando no decorrer do jogo em um empate por 0 a 0 no Orlando Scarpelli pelo Campeonato Catarinense de 1999, substituindo Zelão. O meia tem um retrospecto equilibradíssimo, com seis vitórias, seis empates e seis derrotas. Marcou três gols e deu passe para cinco (quatro em lances de falta ou escanteio). Foi expulso uma vez, numa vitória por 2 a 1 no Scarpeli em 2014, quando a partida estava empatada por 1 a 1.

Destaque: a maior atuação de Marquinhos num clássico ocorreu na Série B de 2013, quando o Avaí derrotou o Figueirense por 3 a 1 no Orlando Scarpelli. O Galego fez dois gols - seus dois primeiros em clássicos, depois de passar em branco nos 11 primeiros -, sendo um deles um golaço por cobertura em cima do goleiro alvinegro Neneca.

Marquinhos foi o cara do clássico Figueirense 1x3 Avaí em 2013

Curiosidade: sempre que Marquinhos fez gol ou deu passe para gol, o Avaí não perdeu clássico (quatro vitórias e dois empates). Aliás, é o único jogador do atual elenco que já fez gol em clássico.

Jogos: Figueirense 0x0 Avaí (Catarinense 1999), Figueirense 2x1 Avaí (Catarinense 1999), Avaí 0x3 Figueirense (Catarinense 2008), Figueirense 0x2 Avaí (Catarinense 2008), Figueirense 1x1 Avaí (Catarinense 2009), Avaí 1x1 Figueirense (Catarinense 2009), Figueirense 2x2 Avaí (Catarinense 2011), Avaí 0x1 Figueirense (Catarinense 2011), Figueirense 0x2 Avaí (Catarinense 2011), Figueirense 1x0 Avaí (Catarinense 2013), Avaí 2x1 Figueirense (Catarinense 2013), Figueirense 1x3 Avaí (Brasileiro Série B 2013), Avaí 0x4 Figueirense (Brasileiro Série B 2013), Figueirense 1x2 Avaí (Catarinense 2014), Avaí 1x1 Figueirense (Catarinense 2015), Avaí 1x0 Figueirense (Copa do Brasil 2015), Figueirense 2x0 Avaí (Copa do Brasil 2015) e Avaí 1x1 Figueirense (Brasileiro Série A 2015)

Gustavo Santos (6 clássicos)

Embora bem atrás do irmão, mano mais novo da família Santos é o segundo jogador do elenco atual do Avaí com mais clássicos disputados pelo Leão: seis. Pode-se dizer que Gustavo sofre de empatite em clássico, pois quatro dessas partidas terminaram empatadas. Nas outras duas, o Avaí ganhou uma e perdeu outra. No total, foi titular em quatro clássicos e em dois entrou durante o jogo.

Curiosidade: Gustavo é o único jogador do elenco do Avaí que pode dizer que já foi campeão em cima do Figueirense. Não foi numa final de campeonato, mas sim do segundo turno do estadual de 2010 (a última vez que o Leão conquistou um turno de estadual). A decisão foi em jogo único, na Ressacada, e o placar de 1 a 1 serviu para a conquista avaiana - jogamos pelo empate por ter melhor campanha. Com o título, fomos para a final e derrotamos o campeão do primeiro turno, o Joinville.

Jogos: Figueirense 1x1 Avaí (Catarinense 2009), Avaí 3x0 Figueirense (Copa Santa Catarina 2009), Figueirense 2x2 Avaí (Catarinense 2010), Avaí 1x1 Figueirense (Catarinense 2010), Figueirense 2x2 Avaí (Catarinense 2011) e Avaí 0x1 Figueirense (Catarinense 2011)

Figueirense 1x1 Avaí em 2009, o primeiro clássico de Gustavo

Ferdinando (5 clássicos)

Muitos lembram de Ferdinando nas grandes campanhas de 2008 e 2009, mas talvez poucos saibam que ele estreou em clássicos em 2006, numa vitória do Avaí por 3 a 2 na Ressacada pelo Campeonato Catarinense. Desde então, disputou cinco clássicos (três como titular), somando duas vitórias, dois empates e uma derrota.


Gols do Avaí no 3 a 2 contra o Figueirense em 2006, primeiro clássico do Ferdinando

Jogos: Avaí 3x2 Figueirense (Catarinense 2006), Figueirense 4x1 Avaí (Catarinense 2006), Figueirense 2x2 Avaí (Copa Santa Catarina 2007), Figueirense 0x2 Avaí (Catarinense 2008) e Avaí 1x1 Figueirense (Catarinense 2009)

Diego Jardel (4 clássicos)

O meia de Águas Mornas é o quarto jogador do elenco atual com mais clássicos (quatro, todos como titular). E é pé-quente, embora não tenha participado diretamente de nenhum gol, soma três vitórias e uma derrota.

Jogos: Figueirense 1x3 Avaí (Brasileiro Série B 2013), Figueirense 1x2 Avaí (Catarinense 2014), Avaí 1x0 Figueirense (Catarinense 2016) e Figueirense 1x0 Avaí (Catarinense 2016)

Rômulo (3 clássicos)

Fechado o top 5 de jogadores com mais clássicos, temos Rômulo. Desde que ele estreou no time profissional avaiano, já foram disputados sete clássicos, mas o atacante esteve presente em apenas três deles (dois como titular). Tem uma vitória, um empate e uma derrota e ainda não participou de nenhum gol.

Jogos: Avaí 1x1 Figueirense (Catarinense 2015), Avaí 1x0 Figueirense (Catarinense 2016) e Figueirense 1x0 Avaí (Catarinense 2016)

Outros

2 clássicos - Caio César, Judson e Yuri
1 clássico - Renato Júnior

Ainda não disputaram clássico pelo Avaí: Alemão, Betão, Capa, Chapecó, Deivid, Denílson, Douglas, Fabian, Gustavo Schiavolin, João Paulo*, Júnior Dutra, Kozlinski, Leandro Silva*, Leo, Leo Felipe, Lineker, Luan, Marcelinho, Matheus, Maurício, Salazar, Santarém, Thiago Silva, Toshi, Vinícius Pacheco e Vítor

*disputaram clássicos pelo Figueirense

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Saiu na frente, ninguém segura

Com uma defesa forte, o Avaí da "Era Claudinei" mostra-se um time difícil de ser batido e, por enquanto, letal quando marca o primeiro gol do jogo. Sob o comando do atual treinador, o Leão saiu na frente no marcador em 15 partidas e venceu todas. Nenhum empatezinho.

Esse dado também é relevante: de 25 partidas sob o comando de Claudinei, em 15 (60%) delas o Avaí saiu na frente no placar. É bastante coisa. Em apenas um desses jogos, o adversário chegou a igualar o marcador. Foi logo na estreia de Claudinei, na vitória por 2 a 1 contra o Luverdense pela Série B 2016.

Aliás, nesses 15 jogos, o Avaí sofreu apenas três gols, um dado que mostra como o time sabe executar bem o esquema de fechar-se para explorar contra-ataques. Além daquele do Luverdense, levou um do Metropolitano, pelo Catarinense, e outro da Desportiva, pela Copa do Brasil - em ambos os casos, quando já vencia a partida por 2 a 0.

Outras duas vitórias do treinador foram de virada, ambas fora de casa e pelo mesmo placar (2 a 1) na Série B passada, contra CRB e Vila Nova.  

Neste domingo, contra o Brusque, sair na frente será mais que meio caminho andando para o Avaí vencer e continuar firme e forte na liderança do estadual.

Abaixo, a lista de jogos em que o Avaí marcou primeiro sob o comando de Claudinei Oliveira.

Avaí 2x1 Luverdense (Série B 2016)
Avaí 3x0 Criciúma (Série B 2016)
Avaí 2x0 Bragantino (Série B 2016)
Joinvile 0x1 Avaí (Série B 2016)
Avaí 2x0 Paysandu (Série B 2016)
Avaí 2x0 Goiás (Série B 2016)
Avaí 1x0 Tupi (Série B 2016)
Avaí 1x0 Paraná (Série B 2016)
Avaí 3x0 Náutico (Série B 2016)
Londrina 0x1 Avaí (Série B 2016)
Criciúma 0x1 Avaí (Catarinense 2017)
Avaí 2x1 Metropolitano (Catarinense 2017)
Atlético Tubarão 0x2 Avaí (Catarinense 2017)
Avaí 3x0 Chapecoense (Catarinense 2017)
Desportiva 1x2 Avaí (Copa do Brasil 2017)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Assistência: que bicho é esse e por que é importante?

O cruzamento de Gustavo que resultou no segundo gol do Avaí contra a Desportiva, marcado por Rômulo, foi assistência? E o passe de Capa no lance do primeiro gol do Avaí contra a Chapecoense, feito pelo mesmo Rômulo? Foi? Não foi? Afinal, o que é uma assistência? Vamos falar um pouco sobre isso.

O conceito de "assistência" é mais consolidado em esportes americanos, principalmente basquete (NBA) e hóquei sobre o gelo (NHL), já que eles são fissurados por números lá (tá, nós deste site também somos). Em resumo bem resumido, é um passe que permite a um companheiro de time marcar o ponto (cesta, gol, enfim). Apenas recentemente começou a ganhar importância e espaço nas estatísticas do futebol brasileiro. Mas por que contar assistências, se o que importa são pontos, que são os gols, no caso do futebol? Porque elas ajudam a mostrar o quanto um jogador contribui com a produção ofensiva do time.

Vamos pegar o basquete como exemplo. Numa comparação simples entre pontos marcados, Michael Jordan (média de 30 pontos por jogo na carreira, a mais alta da história da NBA) parece muito mais jogador ofensivamente que Magic Johnson (19 pontos por jogo). No entanto, Magic teve uma média de 11 assistências por partida em sua carreira (a mais alta da história da NBA), enquanto Jordan teve média de 5 assistências. Fazendo uma conta simples de que cada assistência equivaleu a uma cesta de dois pontos (nem sempre. Há as cestas de três. Mas vamos ignorá-las), Magic Johnson participava de aproximadamente 41 pontos de seu time por jogo (marcando 19 e dando passes para outros 22), enquanto Michael Jordan contribuía com cerca de 40 pontos (marcando 30 e dando passes para 10). E aí? Quem era melhor ofensivamente? Dá pra discutir, né?

Enquanto Jordan era o cestinha (seria o "artilheiro" no futebol), Magic era o playmaker, ou criador de jogadas. Ambos desempenhando papeis diferentes e importantes no ataque. Mensurar o quanto um jogador é cestinha, ou artilheiro, é fácil, pois uma cesta é uma cesta e um gol é um gol e ou o cara fez gol, ou não fez. Mas a estatística de gols marcados não serve pra medir o quão eficiente um playmaker é. Zidane fez 125 gols na carreira, o que é pouco, se comparado com Pelé, Messi, Romário, ou mesmo meias como Zico e Maradona. Mas quantos gols ele deu de bandeja para os atacantes de seu time, com assistências?

Graças à contagem de assistências, descobrimos que Rômulo e Marquinhos participaram do mesmo número de gols na arrancada do Avaí na Série B passada (oito gols cada), embora o primeiro tenha marcado sete, e o segundo, "apenas" três. Saber que, marcando ou passando, cada um contribuiu diretamente com oito gols dá uma ideia melhor da importância de ambos na produção ofensiva do Leão, não é mesmo?

Mas há um problema com a estatística sobre assistências, que não é exclusivo da contagem delas no futebol: a subjetividade. O que é assistência para um observador, pode não ser para outro. É assim no hóquei, é assim no basquete e é assim - talvez até mais - no futebol. No basquete, um passe meio quadrado, mas que o companheiro de time consegue dominar e arremessar de longe, marcando uma cesta de três pontos, é uma assistência? E, no futebol, um cruzamento no qual o lateral nem olhou para a área, apenas lançou a bola nela, mas que o centroavante aproveitou, depois de zagueiro rabar em bola? Vale como assistência? Não vale?

Quando se conta assistências, sempre haverá a subjetividade, pois às vezes é difícil definir se o passador teve a intenção de passar para aquele companheiro que fez o gol (pense num escanteio. O batedor pode ter mirado em um companheiro, mas outro, que estava perto, conseguiu se antecipar e cabecear pro gol), ou mesmo o quanto o passe contribuiu para o gol.

Gustavo aparentemente cruzou para Diego Jardel, mas este não alcançou a bola e Rômulo apareceu logo atrás dele para marcar contra a Desportiva. Como não podemos entrar na cabeça de Gustavo para saber se ele queria cruzar para Jardel ou para Rômulo, consideramos assistência, pois, bem ou mal, o cruzamento deixou Rômulo em ótimas condições de marcar o gol, perto da pequena área e precisando apenas dominar e chutar.

Contra a Chapecoense, Capa tocou a bola para Rômulo longe do gol, de costas para o goleiro e com marcação em cima, mas o atacante conseguiu fazer o gol com apenas dois toques na bola, dominando e chutando já perto da linha da grande área. Para os camaradas do Troféu Avaí, foi assistência. Para nós, não. Consideramos mais mérito de Rômulo, que conseguiu girar e chutar no canto mesmo estando longe do gol, que do passe do Capa. Quem está certo? Os dois. Quem está errado? Ninguém. Vai do que cada um considera o que é assistência.

Felizmente, esses casos de dúvida são a minoria e, na maior parte das vezes, fica bem evidente o que os antigos narradores chamavam de passe açucarado que deixa o atacante em condições de marcar, ou o cruzamento certinho para o cabeceador testar para o gol.

Ah, importante! Assistência só é contada, seja no basquete ou no futebol, quando o ponto é marcado. Se o atacante perde o gol ou erra a cesta, azar do playmaker. Acha injusto? Imagine o rolo que seria definir se o gol foi perdido porque o passe não foi muito bom, ou por erro do atacante, e se aquilo valeria ou não como assistência. A subjetividade seria muito maior.

Nesse caso, a compensação para o bom passador, que vive deixando seus companheiros na cara do gol (mesmo que eles percam os gols em um ou outro jogo) é que, ao se analisar o acumulado de partidas, é provável que mais gols saiam de passes seus que de outro jogador que eventualmente pode ter acertado um único bom passe num jogo e permitido ao atacante marcar. Ou, traduzindo: embora hoje o Gustavo tenha mais assistências que o Marquinhos em 2017 (1x0), até o fim do ano o mano mais velho deve virar esse jogo. Não certamente, mas provavelmente.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A muralha



Lesões e suspensões vão fazer com que Claudinei Oliveira tenha que mexer, nos próximos dois jogos, no setor, que ele menos mudava no time: o defensivo. Os sete jogadores que compõem a “retaguarda” avaiana (Kozlinski, Leandro Silva, Alemão, Betão, Capa, Judson e Luan) atuaram juntos por 411 minutos seguidos, sem nenhum deles ser substituído durante as partidas, até Capa sair da equipe aos 29 minutos do primeiro tempo em Joinville. 

Já se sabe que mais mudanças virão, pois Luan está lesionado e não enfrenta a Desportiva pela Copa do Brasil nesta quarta (15). Também é dúvida para o jogo de domingo contra o Brusque, no qual Capa, suspenso por três amarelos, é ausência garantida.

Capa (E) e Judson (D) fazem parte da melhor formação defensiva do Avaí no ano: um paredão difícil de ser superado. (Foto: Avaí F.C.)

Se, como mostramos outro dia, o Avaí tem marcado poucos gols, o clube deve muito de seu bom desempenho no ano à turma da retaguarda. Nos 411 minutos que aquela formação citada no primeiro parágrafo atuou junta, que equivalem a quatro jogos inteiros mais 51 minutos (considerando uma partida de 90 minutos), o Leão sofreu apenas um golzinho, do Metropolitano.

Contra a Desportiva, a única mudança na parte defensiva deve ser a substituição de Luan por Ferdinando, que atuou em apenas um jogo neste ano, durante todo o tempo (98 minutos, incluindo os acréscimos) da derrota por 1 a 0 para o Londrina na Ressacada pela Copa da Primeira Liga. Esperamos que o jogador mais velho a entrar em campo pelo Avaí no ano (36 anos e 9 meses) dê conta do recado e ajude a manter a muralha azurra intacta. Se isso ocorrer, passaremos para a próxima fase da Copa do Brasil, pois o empate nos basta. Torceremos.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Tá faltando gol

É verdade que no Claudineibol o gol é quase sempre um detalhe, mas a produção ofensiva do Avaí de 2017 ainda está fraca, em que pese a liderança isolada e folgada no estadual. Em sete partidas no ano, o Leão marcou apenas oito gols. A média de 1,14 gol por jogo é inferior à da "Era Claudinei" na Série B passada, quando o Avaí fez 23 gols em 17 partidas (1,35 por jogo).

Nesse clima semi-desértico de gols, três jogadores são um oásis, participando diretamente de quatro gols cada: Denílson (quatro gols), Rômulo (dois gols e duas assistências) e Leandro Silva (um gol e três assistências). 


Leandro Silva (E), Rômulo (C) e Denílson (D) são os destaques ofensivos de 2017 até agora (Foto: Leo Munhoz/Agência RBS)


Chama a atenção a pouca participação ofensiva de dois jogadores que, em tese, deveriam ser os mais "criativos" do time. Marquinhos foi um dos jogadores mais importantes da arrancada final na Série B, participando de oito gols em 14 jogos (três gols e cinco assistências), sendo seis deles (três gols e três assistências) em lances de bola parada (falta, escanteio ou pênalti). Mas, em 2017, o melhor kicker do futebol catarinense ainda está zerado, em quatro partidas. 

Diego Jardel tem uma assistência no ano (em cobrança de escanteio) em seis jogos e só. Na "Era Claudinei" na Série B, DJ fez um gol e deu duas assistências em 14 partidas. Não foi grande coisa também, né?


Confira abaixo os jogadores que têm sido mais eficientes na participação em gols em 2017, seja marcando ou dando assistências. O "G" refere-se ao números de gols e o "A" ao número de assistências.


1º Denílson (4G, 0A) - participa de um gol a cada 103min30s em campo
2º Leandro Silva (1G, 3A) - um gol a cada 119min30s
3º Rômulo (2G, 2A) - um gol a cada 133min
4º Júnior Dutra (1G, 0A) - um gol a cada 256min
5º Capa (0G, 1A) - um gol a cada 506min
6º Diego Jardel (0G, 1A) - um gol a cada 512min

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Claudinei x Silas x Chamusca x Maria x Geninho

Claudinei Oliveira é um fenômeno. Ou, pelo menos, sua campanha no Avaí é. Em 23 jogos, ele soma 16 vitórias, quatro empates e três derrotas: um aproveitamento 75,36% dos pontos.

Para tentar medir o quão espetacular é o desempenho de Claudinei à frente do Leão, comparamos sua campanha com os 23 primeiros jogos de outros quatro treinadores que tiveram passagens destacadas pelo Avaí nos últimos anos, conquistando títulos e/ou alcançando acesso à Série A: Silas (2008), Péricles Chamusca (2010), Hémerson Maria (2012) e Geninho (2014).

Pra começo de conversa, nenhum desses conseguiu somar tantos pontos nos primeiros 23 jogos quanto Claudinei (52). Quem chegou mais perto foi Silas, em 2008 (49).

O início do treinador que conseguiu o primeiro acesso à Série A para o Avaí foi impressionante. Basta dizer que Silas venceu suas cinco primeiras partidas, nas quais o time marcou 19 gols e não sofreu nenhum. Ou então, que o Leão só sofreu um gol nos primeiros oito jogos com ele como comandante. Ou, ainda, que ele só foi perder na 15ª partida e que teve uma derrota a menos que Claudinei em seus primeiros 23 jogos (mas empatou três partidas a mais).


 
O número de gols marcados pelo time nos primeiros 23 jogos de cada treinador talvez seja o melhor indicativo sobre as diferenças de estilo de cada equipe. Mesmo tendo a melhor campanha entre os cinco, Claudinei foi o que viu seus comandados balançarem a rede menos vezes (31). Reflexo de um time sólido defensivamente, mas com ataque não tão poderoso assim. 

Na outra ponta, está Silas, que levou o Avaí a marcar 54 gols em seus primeiros 23 jogos em 2008. Foram 19 nos primeiros cinco, como já citamos (média de 3,80 por partida). Goleadas contra Juventus (5x0), Chapecoense (6x0), Vila Nova (4x1), América de Natal (5x1) e CRB (5x1), entre outros jogos, marcaram a primeira "Era Silas".


E se o forte do time do Claudinei é a defesa, nada mais natural que seja ele o treinador com menor número de gols sofridos nas primeiras 23 partidas (11, ou menos de um a cada dois jogos). Em segundo no ranking vem novamente Silas, cujo time era uma máquina de fazer gols, mas também não os sofria muito: foram 18 nos primeiros 23 jogos. Tido como "retranqueiro", Hémerson Maria viu seu time sofrer 25 gols, mais que um por confronto, em média.



Não é exagero, portanto, dizer que Claudinei Oliveira teve um início de trabalho dos mais espetaculares da história do clube. Melhor até que o de treinadores com passagens de destaque recentes. No entanto, melhor que começar bem, é terminar bem. Silas, Maria e Chamusca foram campeões estaduais e, mesmo contestados, têm seu nome marcado na história do clube com uma conquista. O primeiro ainda levou o Avaí ao seu primeiro acesso à elite nacional e até a sexta colocação da Série A antes de sair do clube na temporada 2010 para dirigir o Grêmio.

Claudinei pode conseguir algo parecido com isso? Ao que seu início indica, sim.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Resumo do ano avaiano (5 jogos)

O Avaí chegou a cinco partidas disputadas na temporada (em menos de duas semanas... Baita calendário). Já podemos, então, trazer alguns dados sobre esse início de ano avaiano. Venham com a gente!

TOTAIS

Jogos: 5
Vitórias: 3
Derrotas: 2
Aproveitamento de pontos: 60%
Gols marcados: 5
Gols sofridos: 4
Saldo de gols: +1
Cartões amarelos: 10
Cartões vermelhos: 0

MÉDIAS

Gols marcados por jogo: 1,00
Gols sofridos por jogo: 0,80
Cartões amarelos por jogo: 2,00
Público pagante por jogo (em casa): 2.505
Renda bruta por jogo (em casa): R$ 30.539,00
Renda líquida por jogo (em casa): R$ 3.493,21

MAIORES

Vitória: Atlético Tubarão 0x2 Avaí (05.02, Campeonato Catarinense)
Derrota: Paraná 2x0 Avaí (25.01.2017, Copa da Primeira Liga)
Público pagante (em casa): 3.373, em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02, Campeonato Catarinense)
Renda bruta (em casa): R$ 41.896,00, em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02)
Renda líquida (em casa): R$ 13.649,60, em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02)

MENORES

Público pagante (em casa): 1.637, em Avaí 0x1 Londrina (31.01, Copa da Primeira Liga)
Renda bruta (em casa): R$ 19.182,00, em Avaí 0x1 Londrina (31.01)
Renda líquida (em casa): R$ -10.156,39, em Avaí 0x1 Londrina (31.01)

LÍDERES (TOTAL)

Jogos disputados: Vítor (5)
Minutos em campo: Alemão, Betão, Capa, Judson, Kozlinski e Luan (383)
Média de minutos em campo por jogo: Leandro Silva (96min por jogo)
Gols marcados: Denílson (3)
Gols marcados por minutos em campo: Denílson (um gol a cada 106min40s)
Passes para gol: Rômulo (2)
Passes para gol por minutos em campo: Rômulo (um passe a cada 180min)
Menor média de gols sofridos por jogo: Kozlinski (0,75)
Menos gols sofridos por minutos em campo: Kozlinski (um gol a cada 127min40s)
Cartões amarelos: Diego Jardel (2)
Cartões amarelos por minutos em campo: Gustavo Schiavolin (um cartão a cada 95min)
Jogos como capitão: Betão e Marquinhos (2)

MAIS EM UM JOGO

Gols marcados: Denílson (2), em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02)
Gols marcados (time): 2, em dois jogos
Gols sofridos (time): 2, em Paraná 2x0 Avaí (25.01)
Passes para gol: Rômulo (1), em dois jogos
Cartões amarelos (time): 3, em dois jogos
Velho em campo: Ferdinando (36 anos e 9 meses), em Avaí 0x1 Londrina (31.01)
Jovem em campo: Santarém (18 anos e 6 meses), em Paraná 2x0 Avaí (25.01)


MAIORES SEQUÊNCIAS


Vitórias: 2
Derrotas: 1
Jogos sem fazer gol: 1
Jogos marcando gol: 2
Jogos sem sofrer gol: 1
Jogos sofrendo gol: 2

MINUTOS DOS GOLS MARCADOS

0min a 15min do primeiro tempo: 1
16min a 30min do primeiro tempo: 0
31min até fim do primeiro tempo: 1
0min a 15min do segundo tempo: 0
16min a 30min do segundo tempo: 2
31min até fim do segundo tempo: 1
Gol mais rápido: Denílson (9min do primeiro tempo), em Avaí 2x1 Metropolitano (02.02)
Gol mais tardio: Júnior Dutra (35min do segundo tempo), em Atlético Tubarão 0x2 Avaí (05.02)

MINUTOS DOS GOLS SOFRIDOS

0min a 15min do primeiro tempo:0
16min a 30min do primeiro tempo:1
31min até fim do primeiro tempo: 1
0min a 15min do segundo tempo: 0
16min a 30min do segundo tempo: 0
31min até fim do segundo tempo: 2
Gol mais rápido: 21min do primeiro tempo (Paraná 2x0 Avaí, 25.01)
Gol mais tardio: 44min do segundo tempo (Avaí 0x1 Londrina, 31.01)

COMO MARCA OS GOLS

Cabeça: 3
Pé esquerdo: 2
Dentro da pequena área: 3
Dentro da área: 2





terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Precisamos falar sobre o Rômulo

Renan, Betão, Marquinhos e Claudinei Oliveira foram amplamente citados como "pilares" da arrancada do Avaí rumo ao acesso à Série A na reta final da Série B do ano passado. No entanto, um jogador talvez tão importante quanto passou despercebido, como sói ocorrer com jogadores recém-saídos das categorias de base avaianas. Falamos sobre Rômulo.

Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C
O atacante de 21 anos foi o artilheiro do Avaí no passado, com 15 gols no total, dos quais 12 na Série B (quarto artilheiro da competição) e sete a partir da 20ª rodada, quando começou a arrancada avaiana. Aliás, participou diretamente de oito gols (marcou sete e deu passe para um), mesmo número de Marquinhos (três gols e cinco passes), na sequência que culminou com o acesso à Série A.

Rômulo disputou 31 partidas na Série B, das quais 26 como titular. De acordo com o site O Gol, esteve em campo por 2.351 minutos na competição. Ou seja, sua média foi de um gol a cada 195min55s, melhor que as de Nenê, do Vasco (um gol a cada 214min) e Felipe Garcia, do Brasil de Pelotas (um gol a cada 241min09s) e só pior que a de Bill (um gol a cada 170min56s) dentre os quatro principais artilheiros da Série B.

Em 2017, Rômulo ainda não marcou, mas com duas assistências, é o líder do Avaí nesse quesito no ano.

Ainda um jogador em desenvolvimento, Rômulo é prata-da-casa, vive sua melhor fase e tem contribuído para a produção ofensiva do time. Ainda assim, ainda é contestado, questionado e está sempre a ponto de perder sua vaga para alguém que veio de fora. Não é fácil ser "garoto da base" no Avaí...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Avaí não vencia os três primeiros jogos do Catarinense desde 1999

Não é nada, não é nada, já é alguma coisa pra quem brigou para não ser rebaixado nos últimos três estaduais: ganhar as três primeiras partidas, algo que o Avaí não conseguia desde 1999. No Campeonato Catarinense daquele ano, ainda antes do bug do milênio, o Leão bateu, em sequência, Brusque (2 a 0), Tubarão (1 a 0) e Atlético Alto Vale (3 a 1) nas três primeiras rodadas.

Na verdade, o Avaí chegou a vencer até a quarta partida daquele campeonato (4 a 1 contra o Botafogo de Xaxim), antes de empatar por 1 a 1 contra o Figueirense no quinto confronto.

Lance de Avaí 4x1 Botafogo de Xaxim em 1999. (Foto: A Notícia)

O gráfico abaixo traz a pontuação do Avaí ano a ano nas três primeiras partidas do estadual entre 1999 e 2017.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Vítor é o único presente em todos os jogos

Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.
Ainda pouco conhecido da maioria dos torcedores do Avaí, o jovem atacante Vítor é, passados quatro jogos da temporada 2017, o único jogador a participar de todas as partidas.

Vítor, 19 anos, foi titular na partida contra o Londrina e reserva nos três demais jogos. Este em campo, no total, por 133 minutos (33min15s por partida, em média). Ainda não fez gol ou deu passe para gol.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Marquinhos não perde há 15 jogos

O meia Marquinhos atingiu na quinta-feira contra o Metropolitano a marca de 15 jogos seguidos sem derrota pelo Avaí. Nessas partidas, o time teve 12 vitórias e três empates, um aproveitamento impressionante de 86,67% dos pontos. Foram 10 jogos na Ressacada e cinco fora de casa.

Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.
Depois de realizar cirurgia no joelho no final de 2015, Marquinhos ficou cerca de nove meses longe dos gramados. Retornou em agosto passado, entrando no segundo tempo de uma derrota do Avaí por 3 a 0 para o Bahia na Ressacada. De lá para cá, disputou 15 partidas, todas como titular, e não perdeu mais.

Marquinhos contribuiu nesses jogos com três gols e cinco assistências (passes para gol), participando diretamente de 36,36% dos gols feitos pelo Avaí.

Uma curiosidade adicional é que, com Marquinhos em campo, o Avaí teve uma sequência de 11 partidas sem sofrer gols na Série B do ano passado (jogos 2 a 12 da lista no final do texto).

E sem ele?

Desde a volta de Marquinhos, naquele jogo contra o Bahia, o Avaí disputou sete partidas sem o meia (seis delas fora de casa), com três vitórias, um empate e três derrotas. Aproveitamento de 47,62% dos pontos.

A sequência invicta de Marquinhos

1- Avaí 2x1 Luverdense (uma assistência)
2- Ceará 0x0 Avaí
3- Avaí 3x0 Criciúma (uma assistência)
4- Avaí 2x0 Bragantino (duas assistências)
5- Joinville 0x1 Avaí
6- Avaí 2x0 Paysandu (um gol e uma assistência)
7- Avaí 2x0 Goiás
8- Avaí 1x0 Tupi
9- Vasco 0x0 Avaí
10- Avaí 1x0 Paraná
11- Avaí 3x0 Náutico (dois gols)
12- Londrina 0x1 Avaí
13- Avaí 1x1 Brasil de Pelotas
14- Criciúma 0x1 Avaí
15- Avaí 2x1 Metropolitano

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Claudinei 20 jogos

A partida contra o Londrina na terça-feira, 31 de janeiro, foi a vigésima de Claudinei Oliveira no comando do Avaí. O treinador chegou à Ressacada em 24 de agosto passado, estreou numa vitória por 2 a 1 em casa contra o Luverdense e, nesse curto espaço de tempo, já obteve grandes resultados no clube, conquistando o acesso à Série A.

Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.
Claudinei dirigiu o Avaí em 17 partidas da Série B ano passado (12 vitórias, quatro empates e só uma derrota) e em outros três jogos neste ano: um pelo Campeonato Catarinense e dois pela Copa da Primeira Liga. Apesar do início de ano ainda devagar (uma vitória e duas derrotas), sua campanha, no geral, é excelente. Confira:

20 jogos
13 vitórias
4 empates
3 derrotas
71,67% de aproveitamento de pontos
24 gols marcados
10 gols sofridos
+14 saldo de gols

Percebe-se que Claudinei arma um Avaí muito forte na defesa - a média de gols sofridos do time é de apenas 0,5 por partida sob seu comando. Ao mesmo tempo, o Claudineibol não é assim dos mais efetivos no ataque: média de 1,2 gol marcado por jogo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

26 jogadores em uma semana

O ano mal começou e o Avaí já usou 26 jogadores em três partidas, ou uma semana de competições oficiais (Campeonato Catarinense e Copa da Primeira Liga). Apenas Vítor e Caio César participaram dos três jogos.

Confira a lista de quem já entrou em campo pelo Leão antes mesmo de janeiro acabar: Alemão, Betão, Caio César, Capa, Chapecó (Lucas de Sá), Denílson, Diego Jardel, Douglas, Ferdinando, Gustavo Santos, Gustavo Schiavolin, Iury, João Paulo, Judson, Júnior Dutra, Kozlinski, Leandro Silva, Leo, Luan, Marcelinho, Marquinhos, Maurício, Rômulo, Santarém, Salazar e Vítor.

Derrota para freguês histórico e jejum de vitórias na Primeira Liga

O Avaí perdeu na noite de terça, 31 de janeiro, por 1 a 0 para o Londrina, na Ressacada, pela segunda rodada da Copa da Primeira Liga. O gol dos paranaenses foi marcado por Safira, aos 44 minutos do segundo tempo. Com o resultado, o Leão está praticamente eliminado da competição e segue sem conseguir vencer uma partida pelo torneio, em sua segunda participação (cinco jogos, com um empate e quatro derrotas).

Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.
Foi a primeira vez que o Avaí perdeu para o Londrina como mandante, no oitavo confronto entre as duas equipes em Florianópolis. Anteriormente, o Leão havia vencido todos os seis jogos contra os paranaenses na Ressacada, sofrendo apenas um gol, e empatado uma partida disputada no Orlando Scarpelli.

O Avaí não perdia na Ressacada desde 20 de agosto do ano passado, quando foi batido pelo Bahia por 3 a 0 na Série B. Foram nove partidas nesse período, com a ótima campanha de oito vitórias e um empate.